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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

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História do museu
O Museu do Índio, órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi criado por Darcy Ribeiro, no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 1953. É a única instituição oficial no país exclusivamente dedicada às culturas indígenas.
Em 1978, o Museu do Índio mudou-se do casarão, na Rua Mata Machado, para o espaço atual, na Rua das Palmeiras, em Botafogo: um prédio do século XIX, construído por João Rodrigues Teixeira, empresário da indústria alimentícia do Rio de Janeiro, para sua residência. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a construção é exemplar arquitetônico representativo do período de urbanização do bairro.
O Museu do Índio organiza mostras temporárias de peças e fotos, utilizando o acervo guardado em suas reservas técnicas.


Apresentação
Museu do Índio é uma instituição governamental que se coloca a serviço da sociedade a partir de uma proposta de trabalho baseada na parceria com os povos indígenas. A preservação de suas tradições e o respeito pela diversidade étnica são elementos essenciais para a afirmação da cultura de cada um dos 270 grupos que vivem hoje no Brasil. São aproximadamente 370 mil índios que falam cerca de 180 línguas. 
Mais do que abrigar, o Museu do Índio visa conservar, pesquisar e comunicar o seu acervo. Hoje, o Museu se apresenta como uma casa de informação e formação de novas opiniões e mentalidades. Acolhe pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e encontra nos índios a parceria ideal para a realização de projetos e eventos que envolvem a preservação e a difusão de suas culturas.
A instituição tem adotado novas estratégias de contato com o público. A disponibilização de informações pela internet, a criação dos espaços Museu das Aldeias e Muro do Museu para a realização de exposições e a ênfase no trabalho com as crianças colocam os visitantes diante de uma forma diferente de ver e de ordenar o mundo.
Possui rico acervo relativo à maioria das sociedades indígenas contemporâneas, constituído de 16 mil peças etnográficas; 16 mil publicações nacionais e estrangeiras especializadas em Etnologia e áreas afins na Biblioteca  Marechal Rondon, uma das mais completas e especializadas da América do Sul em temática indígena; 68 mil 217 documentos audiovisuais em diversos tipos de suporte, parte já digitalizada e armazenada em CD-Roms; 125 mil e 916 documentos textuais de valor histórico sobre os diversos grupos indígenas e cerca de 200 filmes, vídeos e gravações sonoras.
Para a instituição, conservar é preservar o patrimônio cultural, a memória, a história. Diversas ações têm sido realizadas nesse sentido, como a inauguração de laboratórios, a reforma das reservas técnicas e a digitalização do acervo.
Os projetos da instituição buscam associar entretenimento, educação e estudo.O Museu do Índio transformou-se em forte referência para pesquisadores e interessados na questão indígena, tendo contribuído com expressivos avanços para o campo de museus etnográficos brasileiros.
 Mariana Rosana, Lucas Rodrigues, Miriã Mendonça, Nathalia Valéria e Claudrianne Stephany




No passeio ao  museu do índio,onde visitamos a exposição: A Presença do Invisível, tivemos a oportunidade de aprender mais sobre os povos indígenas,seus costumes,hábitos,religiosidade,sua alimentação e sua arte.
Nosso passeio começou nos jardins do museu onde podemos ver uma quantidade imensa de construções indígenas que nos mostra a pluralidade de povos que habitam o nosso Brasil, ainda hoje.
Quando entramos no museu existia o Círculo Cerimonial montado para a realização do  Toré festa de agradecimento aos seres sobrenaturais ou invisíveis (Karuãna).

Postagem Por: Gabriel Daves Mageski.

Andressa,Leticia Da Rocha ,Maiara Cortez e Stefany ,902


Os Indios :
A Origem dos povos americanos:
Os habitantes do continente americano descendem de populações advindas da Ásia, sendo que os vestígios mais antigos de sua presença na América, obtidos por meio de estudos arqueológicos, datam de 11 a 12,5 mil anos.

Há 500 Anos:
Embora não se saiba exatamente quantas sociedades indígenas existiam no Brasil à época da chegada dos europeus, há estimativas sobre o número de habitantes nativos naquele tempo, que variam de 1 a 10 milhões de indivíduos.
Separação em Tupis e Guaranis
Aproximadamente 1000 anos atrás, os Tupi - Guaranis se separaram em dois grupos linguísticos diferentes: Os Tupis e os Guaranis. Os Tupis instalaram - se a partir de Cananéia. (atual estado de São Paulo) para o norte, na região costeira tropical do Brasil e os Guaranis no sul de Cananéia, na parte subtropical.

A chegada do europeu:
O impacto da conquista européia sobre as populações nativas das Américas foi imenso e não existem números precisos sobre a população existente à época da chegada dos europeus, apenas estimativas. As referentes à população indígena do território brasileiro em 1500 variam entre 1 e 10 milhões de habitantes. Estima-se que só na bacia amazônica existissem 5.600.000 habitantes. Também em termos estimativos, os lingüistas têm aceito que cerca de 1.300 línguas diferentes eram faladas pelas muitas sociedades indígenas então existentes no território que corresponde aos atuais limites do Brasil.
O índio hoje:
Hoje, no Brasil, vivem mais de 800 mil índios, cerca de 0,4% da população brasileira, segundo dados do Censo 2010. Eles estão distribuídos entre 683 Terras Indígenas e algumas áreas urbanas. Há também 77 referências de grupos indígenas não-contatados, das quais 30 foram confirmadas. Existem ainda grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista.
Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de diferentes que habitam ou habitaram o território brasileiro, e cujas raízes remontam às Américas desde antes da chegada dos europeus a este continente, em torno de 1500.

Fonte:

Religião Indígena
Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.

Modo de Vida
As sociedades indígenas não se encontram em estado de total isolamento. Isso significa dizer que, antes de manterem relações com a sociedade brasileira, elas sempre mantiveram relações entre si. Em várias regiões, e de diversas maneiras, povos diferentes se inter-relacionavam por meio de guerras, de troca de objetos, de casamentos, de convites para festas, rituais etc.
Apesar de terem se transformado com o tempo, essas redes de relações não cessaram nos dias de hoje. Podem compreender tanto um pequeno grupo de povos vizinhos, como estender-se por toda uma região. Em alguns casos, são redes de troca muito complexas, nas quais cada sociedade possui um papel especializado. Em outros, as relações ocorrem apenas eventualmente.

Algumas palavras que compõem o nosso vocabulário:
Arapuá: abelham a casca da raiz da jurema
Biboca: moradia humilde.
Bocó: espécie de bolsa, sacola de couro. Teria origem em mbocog, segurar. Também com o sentido de tolo.
BORDUNA: Lança, um instrumento de defesa
Butantã: terra dura,firme
Cambuci: pote
Cari: homem branco
Curitiba: muito pinhão
Coroaci: terra de frente para o sol
Curumim: menino
CAPANGA: Um tipo de bolsa que usamos para viagens e caças.
Goiás: da mesma raça, igual
Grajaú: pássaro que come
Guarujá: Viveiro de guarus
Guaiúba: bebida da lagoa
Guarulhos: dos guarus (peixes)
Ig: água
Ipanema: água ruim
Ira: quer dizer mel
Iracema: Lábios de mel
Iguaçu: é a "água grande", "rio ou lago grande".
Indaiá: é um certo tipo de palmeira
Ita : pedra; muitos lugares do Brasil têm "ita" no nome
Itaúna: pedra preta.
Itajubá : significa "pedra amarela".
Itaiçaba: Passagem das Pedras.
Jundiaí: rio dos jundiás
Jururu: triste
Jerimum: abóbora
Macapá: sítio onde há abundância de macabas
Mandioca: todo o mundo conhece, e a maioria adora: é o aipim, a macaxeira, uma raiz que é o principal alimento dos índios brasileiros
Morumbi: morro, colina verde
Oca: casa, cabana
Ocara: praça, centro da taba
Paraíba: rio com pouco peixe, rio ruim
Paraná: rio caudaloso
Peteca: bater de mão aberta.
Pereba: pequena ferida.
Piranga: vermelho
Paraná: grande rio
Pará: rio.
Poti: camarão.
: Amigo.
Sergipe: com olhos inquietos.
Taba: conjunto de malocas (maloca quer dizer casa).
Tatuapé: caminho de tatus.
Tijuca: lama, atoleiro, pântano.
Uberaba: água cristalina.

O museu:
O Museu do Índio fica na rua das Palmeiras, 55 Botafogo Rj- Brasil

Características da alimentação indígena:
Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza. Desta forma, conseguem obter alimentos isentos de agrotóxicos ou de outros produtos químicos. A alimentação indígena é saudável e rica em vitaminas, sais minerais e outros nutrientes. 
Como os índios não consumem produtos industrializados, ficam livres dos efeitos nocivos dos conservantes, corantes artificiais, realçadores de sabor e outros aditivos artificiais usados na indústria alimentícia.
Somada a uma intensa atividade física, a alimentação indígena proporciona aos integrantes da tribo uma vida saudável. Logo, podemos observar nas aldeias isoladas (sem contatos com o homem branco), indivíduos fortes, saudáveis e felizes. Obesidade, estresse, depressão e outros males encontrados facilmente nas grandes cidades passam longe das tribos.
Numa aldeia indígena, o preparo dos alimentos é de responsabilidade das mulheres. Aos homens, cabe a função de caçar e pescar. 
Fonte :
Principais alimentos consumidos pelos índios brasileiros:
-Frutas
-Verduras
-Legumes
-Raízes
-Carne de animais caçados na floresta (capivara,porco-do-mato,macaco,etc).
-Peixes
-Cereais
-Castanhas
Pratos típicos da culinária indígena:
-Tapioca (espécie de pão fino feito com fécula de mandioca)
-Pirão (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe).
-Pipoca
-Beiju (espécie de bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina)
* Este texto refere-se aos índios que não possuem muito contato com os homens brancos e que ainda seguem sua cultura. Infelizmente, muitas tribos deixaram de lado a alimentação saudável quando entraram em contato com o homem branco.

Artesanato:

Os índios produziam seus objetos de artesanato utilizando a matéria-prima que a natureza oferecia. Sementes, peles, penas, palhas, barro, cipó, madeira,... uma quantidade enorme de produtos colhidos da mata para a produção de seus objetos.
Casas (ocas), canoas, arcos e flechas, cestos, esteiras, redes, potes, panelas, roupas, enfeites, adornos, pinturas, arte plumária... tudo produzido de forma natural, ... tudo produzido com produtos naturais...!
Os adornos e enfeites são utilizados para a celebração de ritos especiais de cada tribo. O tipo de pintura é feita de acordo com a situação do momento (guerra, ritos, festas, casamentos,...).
Artesanato e sua relação com a natureza:
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta maneira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (ocas ). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.
A arte plumária dos índios é muito desenvolvida. Em ocasiões especiais usam cocares, tangas, colares e pulseiras de penas de aves coloridas. Enfeitam também as armas com essas plumas. Merece destaque igualmente a pintura corporal. Nas festas e rituais, pintam o corpo com corantes vegetais para simbolizar um estado de espírito (alegria, tristeza, raiva etc.) ou a posição do indivíduo na tribo.


Localização dos Indios no Brasil:

Fonte: Funai (Fundação Nacional do Índio).

Renan , Ingrid Nobre, Mayara Marriel , Matheus Lopes , Lucas Silva

Amazônia            Biodiversidade
            Em nenhum lugar do mundo existem mais espécies de animais e de plantas do que na Amazônia, apesar da Amazônia ser a região de maior biodiversidade do planeta, apenas uma fração dessa biodiversidade é conhecida. Portanto, além da necessidade de mais inventários biológicos, um considerável esforço de amostragem também é necessário para se identificar os padrões e os processos ecológicos e biogeográficos.

A riqueza da flora compreende aproximadamente 30.000 espécies, cerca de 10% das plantas de todo o planeta. São cerca de 5.000 espécies de árvores (maiores que 15cm de diâmetro), enquanto na América do Norte existem cerca de 650 espécies de árvores. A diversidade de árvores varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare, enquanto na América do Norte varia entre 4 a 25



Ameaças à Biodiversidade da Amazônia

Em nenhum lugar do mundo são derrubadas tantas árvores quanto na Amazônia. Um levantamento da organização não governamental WWF, com base em dados da ONU, mostra que a média de desmatamento na Amazônia brasileira é a maior do mundo, sendo 30% mais intensa que na Indonésia, a segunda colocada no ranking da devastação ambiental.

Na Amazônia a eliminação de florestas cresceu exponencialmente durante as décadas de 70 e 80 e continua em taxas alarmantes. A mudança no uso do solo tem mostrado afetar a hidrologia regional, o ciclo global do carbono, as taxas de evapotranspiração, a perda de biodiversidade, a probabilidade de fogo e uma possível redução regional na quantidade de chuvas.

As ameaças de degradação avançam em ritmo acelerado. Os dados oficiais, elaborados pelo INPE, sobre o desmatamento na região mostram que ele é extremamente alto e esta crescendo. Já foram eliminados cerca de 570 mil quilômetros de florestas na região uma área equivalente à superfície da França, e a média anual dos últimos sete anos é da ordem de 17,6 mil quilômetros quadrados. Entretanto, a situação pode ser ainda mais grave. Os levantamentos oficiais identificam apenas áreas onde a floresta foi completamente retirada, por meio de práticas conhecidas por corte raso. As degradações provocadas por atividades madeireiras e queimadas não são contabilizadas.

O grande desafio atual é buscar o máximo de conhecimento sobre os ecossistemas característicos da Amazônia e apresentar sugestões de como esse conhecimento pode ser utilizado para o desenvolvimento sustentável.
Vegetação
Paisagem da Amazônia à oeste de Manaus, Brasil.
A Amazônia é uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hileia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
Existem três tipos de floresta da Amazônia. As duas últimas formam a Amazônia brasileira: florestas montanhosas andinas, florestas de terra firme e florestas fluviais alagadas. A floresta de terra firme, que não difere muito da floresta andina, exceto pela menor densidade, está localizada em planaltos pouco elevados (30-200m) e apresenta um solo extremamente pobre em nutrientes. Isto forçou uma adaptação das raízes das plantas que, através de uma associação simbiótica com alguns tipos de fungos, passaram a decompor rapidamente a matéria orgânica depositada no solo, a fim de absorver os nutrientes antes deles serem lixiviados. A floresta fluvial alagada também apresenta algumas adaptações às condições do ambiente, como raízes respiratórias, que possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico. As áreas localizadas em terrenos baixos e sujeitos a inundações periódicas por águas brancas ou turvas, provenientes de rios de regiões ricas em matéria orgânica, são chamadas de florestas de várzea. E as áreas alagadas por águas escuras, que percorrem terras arenosas e pobres em minerais e que assumem uma coloração escura devido à matéria orgânica presente, são chamadas de florestas de igapó. A oscilação do nível das águas pode chegar a até dez metros de altura.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros.
A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda está desconhecida. A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no sec.XIX.
Povos indígenas no Amazonas
No estado do Amazonas, existe espalhada - de acordo com o Programa Amazonas Indígena, elaborado pela Fundação Estadual de Política Indigenista (Fepi), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - uma população indígena de 120 mil indivíduos de 66 etnias, que falam 29 línguas. É a maior população indígena do Brasil.

Confira as etnias

APURINÃ
Falam a língua apurinã, do tronco lingüístico aruak, e habitam ao longo do rio Purus e seu afluentes.

ARAPASO
Vivem no médio Uaupés, abaixo de lauareté, e no rio Negro e em São Gabriel da Cachoeira.

BANAWÁ
Também conhecidos por banawá-yafi, ocupam a região do rio Purus.

BANIWA
Vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, às margens do rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiari e Cubate, além de comunidades no alto rio Negro/Guainía (nome do rio Negro fora do Brasil, acima da foz do rio Casiquiare) e nos centros urbanos de Santa Isabel, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos.

BARÁ
Falam a língua tucano e são também chamados de waípinõmakã. Habitam principalmente as cabeceiras do rio Tiquié, acima do povoado de Trinidad (Colômbia); o alto Colorado e Lobo (afluentes do Pira-Paraná).

BARASANA
Esse povo vive nos igarapés Tatu, Komeya, Lobo e Colorado, afluente do Pira-Paraná, e no próprio Pira-Paraná, em território colombiano, onde se encontra a maioria de seus indivíduos.

BARÉ
Habitam a calha do rio Negro, desde o Casiquiari até seu médio curso, e ainda o baixo rio Xíe.

DENI
Habitam a região dos rios Juruá e Purus, falam o arawá.

DESANA
Vivem na região do alto rio Negro, às margens do rio Tiqué e seus afluentes.

JIAHUI
Vivem na região do médio curso do rio Madeira, no sul do Estado do Amazonas.

HI-MERIMÃ
Praticamente desconhecidos, habitam a região do médio rio Piranha, entre o Juruá e o Purus, no Amazonas.

HIXKARYANAS
Vivem na região do Baixo Amazonas.

JAMAMADI
Grupo que se inclui entre os povos pouco conhecidos da região dos rios Juruá e Purus e que sobreviveram aos ciclos da borracha, em meados do século 19.

JARAWARA
Vivem na região do médio Purus e comercializam produtos que extraem da mata, como a castanha-do-Brasil, o látex, óleo de copaíba e sorva.

JUMA
São poucos indivíduos que vivem na região do rio Purus.

KAIXANA
Este grupo, que vive na região do alto rio Solimões, fala português e nheengatu, língua desenvolvida a partir do tupinambá.

KAMBEBA
Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.

KANAMARI
Outras denominações: tukuná e canamari. Também habitam a região do triângulop Jutaí-Juruá-Solimões.

KANAMANTI
Vivem na região do rio Purus e são conhecidos também por kanamati.

KARAPANÃ
Povo que, no Brasil, se encontra disperso em alguns povoados do Tiquié e Negro; na Colômbia, vive na região do Cano, afluente do rio Uaupés.

KATUENA
Habitam a região do baixo Amazonas.

KATUKIANA
No Amazonas, vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.

KATURINA
Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.

KATURINA PANO
Vivem na região dos rios Juruá e Purus, próximos ao Estado do Acre.

KAXARARI
No Amazonas, habitam a região do alto Madeira, nas proximidades de Rondônia, e podem ser encontrados nos dois Estados.

KAXINAWÁ
Vivem no Peru e no Brasil, nos vales do Purus e Juruá, nos limites dos Estadps do Acre e do Amazonas.

KOKAMA
Conhecidos como Omáguas, no Amazonas habitam as Terras Indígenas Sa potal (município de Fonte Boa), Espírito Santo (município de Jutaí), Evaré I (municípios de São Paulo de Olivença e Tabatinga) e Kokama (município de Tefé).

KORUBO
Vivem na região do vale do Javari e são conhecidos como "caceteiros" devido ao hábito de utilizarem uma borduna como arma de ataque.

KUBEO
Presentes no Amazonas, onde vivem na região noroeste, às margens do rio Uaupés e seus afluentes (alto rio Negro), e na Colômbia.
E etc...
Conhecimento tradicional, inovação e direitos de proteção

Estudos Sociedade e Agricultura, 19, outubro, 2002: 89-112.
Resumo: (Conhecimento tradicional, inovação e direitos de proteção). Hoje é consensual dizer que a biodiversidade, os recursos genéticos e os conhecimentos tradicionais desempenham um papel essencial no bem-estar da atual e das futuras gerações, além de serem fundamentais para o desenvolvimento sustentável a longo prazo. Até muito recentemente estes recursos eram considerados uma herança natural e cultural de livre acesso e uso. No entanto, a chegada das novas biotecnologias colocou a possibilidade de sua exploração sem limites, convertendo-os em insumos essenciais da indústria biotecnológica, o que levou à sua incorporação em transações comerciais e à sua privatização e apropriação. Considerando o papel desempenhado pelas comunidades tradicionais – populações indígenas e comunidades locais – crucial na sua conservação e manejo sustentável, o presente texto defende a idéia de que a biodiversidade, a base dos recursos genéticos, não representa um estado da natureza, mas é o resultado de inovação coletiva inter-gerações. A partir da contribuição de autores que tentam caracterizar o conhecimento tradicional e a natureza inovadora do conhecimento tradicional, e de contribuições de teorias heterodoxas – neo-schumpeteriana e teoria das convenções – o artigo intenta aportar argumentos para defender a necessidade de adotar um quadro regulador que respeite a diversidade de tipos de inovação, não apenas na polarização entre formas tradicionais e modernas, mas dentro da própria economia moderna.
http://168.96.200.17/ar/libros/brasil/cpda/estudos/dezenove/pierina19.htm

contribuição(Renan , Matheus Lopes , Lucas Silva Ingrid Nobre ,Mayara Marriel)

25 curiosidades

Amazônia- 25 curiosidades sobre a maior floresta do mundo


  • Antes de ser batizado de Rio Amazonas, o maior rio brasileiro era chamado pelos indígenas de Rio Icamiabas. O detalhe é que Icamiabas designava as mulheres que viviam sem homens, como as míticas amazonas. 

  • O Rio Amazonas despeja no Oceano Atlântico num único dia mais água do quo o Rio Tâmisa em um ano. Um dos afluentes do Amazonas, o Rio Negro possui mais água do que toda a água doce da Europa.

  • Só para se ter uma idéia quantidade de água doce despejada no Atlântico pelo Amazonas: a salinidade do mar é mais baixa do que o normal até 150 Km mar adentro.

  • Imagens de satélites mostram o crescimento do litoral da Guiana Francesa e do estado do Amapá, no Brasil. A explicação está na quantidade de sedimentos despejados no Oceano Atlântico pelo Rio Amazonas. 

  • Os rios escuros como o Rio Negro são mais bonitos, mas possuem uma água mais ácida e pobre em nutrientes. Por isso, apenas 5% dos peixes comercializados em Manaus vêm do Rio Negro.

  •  Ao contrário do que se propaga por aí, o Rio Amazonas é o mais extenso do mundo, não o Nilo. O Amazonas supera o Nilo em 140 Km. 

  • Nas cheias, o Rio Amazonas podem medir 50 Km de uma margem a outra. 

  • Entre os afluentes do Amazonas estão alguns rios bem conhecidos dos brasileiros, entre os quais o Negro, o Purus, o Madeira, o Tapajós, o Xingu, o Javari, o Solimões e o Jari.

  • A primeira expedição que subiu o Rio Amazona foi empreendida pelo português Pedro Teixeira, um dos fundadores de Belém do Pará. 

  • É possível encontrar tubarões e outros peixes do mar no Rio Amazonas. Tubarões já foram vistos 400 Km rio acima. 

  • A Ilha de Marajó não é uma ilha, mas um arquipélago com cerca de 2 mil ilhas. A área de Marajó é maior do que a Suiça. 

  • O maior arquipélago fluvial do mundo é de Mamirauá, no leito do Rio Negro. Acredite se quiser, mas Mamirauá é formado por mais de 700 ilhas. 

  • O segundo arquipélago de água doce do mundo fica no Amazonas e se chama Anavilhanas. Localizado no estado do Amazonas, o Arquipélago de Anavilhanas é formado por cerca de 400 ilhas. 

  • O maior peixe de água doce do mundo é o Pirarucu, uma espécie típica do Amazonas. Um pirarucu é capaz de atingir até 2,5 metros de comprimento e pesar 250 quilos.

  • Embora possua 60% de sua cobertura em terras brasileiras, a floresta amazônia se estende por vários países sul-americanos: Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Equador. 

  • Das 483 espécies de mamíferos brasileiros, 324 vivem na Amazônia. Para se ter uma idéia, das 141 espécies de morcegos, 125 voam na região. A Amazônia também possui um terço dos insetos da Terra. 

  • Com cerca de 1.622 espécies, a Amazônia abriga metade das aves conhecidas do mundo. 

  • Existem na Amazônia 468 espécies de répteis e 517 de anfíbios.

  • A maior parte dos animais da Amazônia pertencem a espécies que habitam a copa das árvores. 

  • O menor primata do mundo, o sagui-leãozinho, é nativo da Amazônia. Ele tem 15 cm e pesa apenas 130 gramas.

  • Dois em cada três índios brasileiros vivem nas reservas indígenas da região amazônica.

  • Ainda existem tribos indígenas isoladas na região amazônica. Embora cada vez mais raras, algumas nunca tiveram contato com o homem branco. 

  • Criado em 1986, o Parque Nacional do Jaú é o terceiro maior parque de floresta tropical do planeta. Só para se ter uma idéias das suas dimensões, o Jaú ocupa uma área maior do que a do estado de Sergipe (22.720 Km2).

  • A cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, recebeu esse nome em homenagem à nação indígena dos Manaós.

  • Belém é conhecida como a cidade das mangueiras. A quantidade de mangueiras impressiona quem vem de fora. Interessante é que a maior parte dos automóveis da capital do Pará tem ou teve a lataria amassada por alguma manga que despencou da sua árvore. 
Por: Lethicia Alves, Bárbara Helena , Lohrainy Machado, Brenda Marques, Luinar garcia



Bibliografia: http://maisquecuriosidade.blogspot.com.br/2010/07/amazonia-25-curiosidades-sobre-maior.html

A CAÇA INDÍGENA

Além da pescaria, a caça é o único meio de se obter carne nas tribos. É também uma atividade masculina e pode-se realizar individual ou coletivamente. As carnes mais apreciadas costumam ser a de animais como a anta, a cobra e a paca. Os índios costumam evitar a carne de animais peludos, fazendo exceção à do macaco, da qual gostam muito. Dentre as aves mais procuradas - inclusive por serem seus ovos muito apreciados - destaca-se o mutum, jacumim, jacutinga, papagaio, perdiz, jaó, pato e marreco.


http://diversidadeecultural.blogspot.com.br/2007/10/caa-indgena.html


 publicado por: Juan, Jonathan & João Lucas
 turma: 902

http://cdnx.sempretops.com/wp-content/uploads/dia_do_indio11.jpg

Ao pensarmos as relações dos índios com a natureza, devemos estar atentos, antes de mais nada, ao fato de a natureza não se apresentar de forma homogênea e, sim, de ser composta por uma variedade muito diversificada de ecossistemas.
Por ecossistemas, entendemos o conjunto de fatores físicos, ecológicos e bióticos, que caracterizam um determinado lugar e que se estende

m por um espaço de dimensões variadas, constituindo-se numa totalidade sistêmica, integrada por fatores abióticos, como as substâncias minerais, os gases e os elementos climáticos isolados, e por organismos vivos, como plantas, fungos, animais, etc.
Nesse sentido, ao contemplarmos as cerca de 560 terras indígenas existentes no Brasil, devemos considerar que cada uma dessas terras está situada em sistemas ecológicos característicos. Assim, podemos dizer que o me

io ambiente e seus variados ecossistemas devem ser reconhecidos como um fator gerador do processo cultural das sociedades indígenas, na medida em que os índios e suas organizações sociais tiveram que desenvolver estratégias de adaptação a cada um desses ecossistemas de forma a obter os meios necessários a sua sobrevivência.
Se considerarmos a Região Amazônica, podemos falar, entre outros ecossistemas, das florestas de castanheiras, das matas de cipó, das várzeas, das matas de igapós, das savanas de terra firme, dos rios de água preta, das florestas de terra firme, etc. Cada um desses ecossistemas enseja aos índios uma forma particular de manejo, de forma a otimizar a obtenção dos recursos que são necessários ao seu bem-estar.
Tradicionalmente, as sociedades indígenas não se fixavam a um mesmo território por muito tempo. As aldeias indígenas eram organizadas, levando-se em consideração a quantidade, a qualidade e a distribuição espacial dos recursos indispensáveis ao desenvolvimento de suas comunidades.
Os Kayapó Gorotire, por exemplo, adotam um estilo de vida seminômade, permanecendo por cerca de quatro a cinco meses durante o ano fora de seus povoamentos permanentes. Nesse período, além da caça e da coleta, os Kayapó aproveitam o cerrado para plantar diversas espécies de plantas, formando verdadeiras "ilhas de recursos", utilizadas como fonte de matéria-prima, ervas medicinais e alimentação.
Os índios que vivem nas bacias dos rios de água preta, por sua vez, sabem que as matas de igapó representam importante refúgio para diversas espécies de peixes, que encontram alimento e condições adequadas para a desova. Por essa razão, os índios evitam o plantio de suas roças nesse ecossistema de forma a não perturbar o desenvolvimento do ciclo vital dessas espécies, que se constituem em sua principal fonte de proteína animal. Ao chamarmos a atenção para a observação dos diversos ecossistemas e de como suas características peculiares influenciam a organização social dos índios, sua distribuição demográfica e sua tecnologia, não estamos dizendo que o desenvolvimento cultural dessas sociedades é determinado pelo meio ambiente. Estamos apenas salientando a idéia de que cada ecossistema apresenta possibilidades e limitações, exigindo dos índios diferentes respostas adaptativas.


Bibliografia:
Moran, Emilio F.: A Ecologia Humana das Populações da Amazonia. Petrópolis: Vozes,1990
Glossário de Ecologia. São Paulo: Academia de Ciências/CNPQ, 19

Nomes; Juliana Ferreira, Milena Silva, Pamela Cristina Jonathan Ferreira, João lucas silva.
Numeros: 15,30;34,12,11                  Turma: 902

Povos da Amazônia- dança indigena



Por: Lethicia Alves, Brenda Marques, Bárbara Helena , Lohrainy machado, Luinar Garcia.

Povos da Amazônia

wikipedia.com

Povos da Amazônia

No Brasil das diversidades culturais, pouco sabemos sobre os que vivem na maior floresta tropical do mundo. Suas tradições e modo de organização social destoam do individualista e acelerado ritmo urbano e a distância geopolítica é um obstáculo a mais para enxergarmos suas carências por serviços básicos e suas dificuldades em tempos de escassez de recursos naturais. Conheça um pouco da controversa realidade desses povos brasileiros que vivem no bioma que mais atrai os olhos de todo o planeta.A população indígena da Amazônia é dividida em 6 troncos lingüisticos: Tupi, Karib, Tukano, Jê, Pano e Aruaque. As tribos habitantes do Acre são principalmente dos troncos Pano e Aruaque. Ao Pano pertencem os Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawás, Nukuinis, Araras e Kaxararis.
  •  Por: Lethicia Partoly, Bárbara Helena , Lohrainy Machado , Brenda Marques & Luinar garcia


Nome: Ângelis, Bruna e Loiany

Oreru nhamandú tupã oreru



Um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos é sobre o desmatamento da Amazônia, este assunto é tão preocupante que não são apenas autoridades brasileiras que estão se alertando sobre, mas internacionais de diversos países do mundo estão preocupadas, isso porque a Amazônia é uma fonte de diversas riquezas naturais o que atrai empreendedores  do mundo inteiro, uma vez que suas fontes rentáveis estão correndo risco todos ficam em alerta, porém esta não é a questão maior a ser discutida e nem uma das mais preocupantes consequências, o problema maior disso tudo são os seres vivos que habitam este território, milhares de espécies que dependem do clima, do território, da fauna e da flora local, ou seja é o habitat natural de milhares de animais que não sobreviveriam em outra regiões, o que ocorre é a extinção de maioria das espécies como está acontecendo já a alguns anos.


global, o desmatamento retira todas as áreas verdes e ricas e o que muitas pessoas não sabem é que as plantas e arvores contribui retirando o gás carbônico da atmosfera, evitando assim danos na atmosfera, a Amazônia é responsável por grande parte desta função, ou seja, se não existir área verde no planeta suficiente para retirar grande parte do gás carbônico da atmosfera, a situação do aquecimento global certamente piorará rapidamente.

Guarani

                                      Guarani

O termo guarani refere-se a uma das mais representativas etnias indígenas das Américas, tendo como territórios tradicionais uma ampla região da América do Sul que abrange os territórios nacionais da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e a porção centro-meridional do território brasileiro.
São chamados povos, pois sua ampla população encontra-se dividida em diversos subgrupos étnicos, dos quais os mais significativos, em termos populacionais, são os caiouás, os embiás, os nhandevas, os ava-xiriguanos, os guaraios, os izozeños e os tapietés. Cada um destes subgrupos possui especificidades dialetais, culturais e cosmológicas, diferenciando, assim, sua forma de ser guarani das demais.
                          
                      História



Existe uma relativa abundância de registros históricos que tratam da trajetória dos povos guaranis a partir da época de seus primeiros contatos com os povos de origem europeia. Antes desse contato, os guaranis não possuíam uma linguagem escrita: toda a sua história estava vinculada a uma complexa forma de transmissão do conhecimento através da tradição oral. Do período anterior ao contato com a cultura europeia, sabe-se que eram sociedades descentralizadas de caçadores e agricultores seminômades. Sua alimentação era baseada na caça e coleta, bem como no plantio diversas variedades de vegetais, como mandioca, batata, amendoim, feijão e milho.
Habitavam casas comunais de dez a dezenove famílias. Como os guarani modernos, se uniam e organizavam-se em redes de parentesco que compartilhavam perspectivas cosmológicas comuns.
De acordo com o missionário jesuíta Martin Dobrizhoffer, alguns destes grupos praticavam antropofagia.
Nas primeiras décadas do século XVI, quando o processo colonizador mercantilista ainda não havia compreendido com maior clareza a geografia humana nativa no continente sul-americano, os indígenas, que posteriormente seriam chamados, genericamente, de guaranis, eram conhecidos como carijós no Brasil e cariós no Paraguai colonial. O termo guarani, que significa guerreiro, passou a ser empregado a partir do século XVII, quando a ordem tribal já estava bastante esfacelada por mais de cem anos de exploração colonial, para designar um grande número de índios que viviam em aldeamentos pertencentes a grupos falantes de idiomas da família linguística tupi-guarani.
Por: Luís Fernando e João Paulo Vinicius.












Conhecimentos Gerais Da Amazônia

                             Conhecimentos Gerais Da Amazônia


 O relevo amazônico, ao contrário do que se pensa, possui três diferentes formas definidas, indo de altas altitudes a planícies. Divide-se em três principais formas:

Depressão-Caracteriza-se por ser uma superfície com altitude de 100 a 300 m  de leve inclinação,formada por prolongados processos erosivos.

Planalto-É a superfície irregular com altitude acima de 300 m .É produto de processos erosivos sobre as rochas cristalinas,também conhecidas como metamórficas ou sedimentares.São conhecidos como morros,serras e chapadas.

Planície-É a superfície mais plana com até 100 m de altitude.
Formada pelo acúmulo sedimentar recente movimentado pelas águas do mar, rios e de lagos.

Classificação atual de Jurandyr Ross-

Classifica-se em ordem crescente de altitude.

Planície do Rio Amazonas- Abrange uma estreita faixa de terras planas que acompanha os Rios Amazonas,Solimões ,Purus ,Juruá ,Javari e Madeira com altitude inferior a 100 m.

Depressão da Amazônia Ocidental - Abrange a maior parte da região com altitudes de 100 à 200m.

Depressão Marginal Norte Amazônica - Apresentam altitudes de 200 a 300m.

Depressão Marginal Sul Amazônica - Também apresenta altitudes com variação de 200 a 300 m.

Planalto da Amazônia Oriental - É a superfície com altitude de 400 a 500 metros, recoberta por mata densa, compreende terras que vão de Manaus até o Oceano Atlântico.

Planaltos residuais Norte Amazônicos - São as superfícies de maior altitude da região, variando entre 800 a 1200m. O Pico da Neblina e o Pico 31 de marco são os pontos culminantes do relevo brasileiro, ambos na Serra do Imerí, fronteira do Amazonas e Venezuela.


Fornte : http://www.portalamazonia.com.br/secao/amazoniadeaz/interna.php?id=820
Alunas: Anna Beatriz , Evelyyn Brau &&' Martinna Barros
 

Valorização dos Produtos Indígenas

Houve nos últimos anos um grande avanço no reconhecimento de direitos territoriais e culturais aos povos indígenas. Entretanto, o desafio que se coloca atualmente é a sustentabilidade ambiental, cultural e econômica de seus territórios, o que inclui a gestão sustentável de seus recursos naturais e a continuidade de suas práticas socioculturais coletivas, e de seus usos, costumes e tradições, consagradores da sua diversidade cultural.
Alguns projetos têm sido desenvolvidos, em formatos e parcerias institucionais diversificados, a fim de desenvolver alternativas econômicas sustentáveis para povos tradicionais, onde podemos identificar, claramente, a associação entre determinados territórios e produtos.

Dança do Índio

Aew galera a Dança do Índio da Prof Marise é Show de Bola!!!!

Violência e Resistência : A questão indígena no Brasil


Propor uma reflexão sobre a questão indígena no Brasil implica, num primeiro momento, retomar a sua história desde os primórdios da colonização, sem nos esquecermos, no entanto, que o marco 1500 sustenta a tese sob o olhar europeu. A história das populações indígenas antecede a milhares de anos esta data. Assim, salienta-se o processo de imposição dos colonizadores diante destas populações. A terra, o ar, o sol, o rio, elementos sagrados para os índios, como ainda hoje para os poucos que restaram, representavam, e representam, a sua história, a sua pele. Para os colonizadores, diferentemente, no contato com a "nova terra", o significado estava naquilo que poderiam retirar de lucrativo para o mercado europeu.
Guiucci (1993) questiona o quadro épico apresentado pelas gerações de historiadores para se pensar o contato entre portugueses e os nativos brasileiros. Em nossa história, os interesses comerciais falaram mais alto, delineando ações, cujo teor foi expresso na imposição. Por outro lado, para não cair no discurso do vencido, também em alto e bom tom ecoaram as resistências dessas populações, fossem através do conflito direto com o colonizador, ou mesmo recusando-se ao trabalho forçado e à subserviência a partir do sacrifício de suas próprias vidas, sem contar nas inúmeras outras formas de luta.
No contato inicial entre populações indígenas e os colonizadores, a denominada "civilização" sequestrou e, nas palavras de Guiucci, "massacrou o rapto", ocultando a relação de poder e os meios de coerção através do falseamento de seus valores. Durante o século XVI, ainda segundo este autor, a América constituiu-se no "espaço geográfico privilegiado da destruição das culturas autóctones e da escravidão dos indígenas, bem como do lucrativo tráfico de negros africanos para as plantações e minas do Novo Mundo". (1993, p. 38)
Diante disso, discutir a questão indígena na atualidade, requer necessariamente uma análise crítica do processo de violência dos nossos primeiros séculos, presente ainda hoje numa forma camuflada de "encobrimento", ou seja, na denominada democracia e, muitas vezes, na própria interpretação estabelecida por alguns historiadores ao tratarem da temática em questão.
Referindo-se à escravidão indígena e negra no Brasil colonial, Prado Júnior (1975) utilizou termos como "povos bárbaros e semi-bárbaros", assinalando que as contribuições culturais dadas por essas populações para a formação brasileira foram, praticamente, nulas. Enquanto "energia motriz", "força física", segundo este autor, deram a sua contribuição, sendo os pilares da produção colonial, particularmente o negro, entretanto, restringiram-se a isto.
Numa tentativa de desnudar este "encobrimento" da história, caberia questionar a afirmativa de Caio Prado, haja visto a violência que ela encerra ao negar estas populações enquanto sujeitos. Muito além da "energia motriz", da "força física", os índios e os negros contribuíram para o tecido multifacetado de nossa história; tecido oriundo de dor, mas também da festa, como assinala Martins (1993) ao dizer que a nossa América Latina é trágica, mas, ao mesmo tempo, é divertida, e é preciso entender esta contradição, pois sem entendê-la não entenderemos nada.
Violências de toda ordem, além da negação de sua identidade, marcaram a história destas populações. Nesta perspectiva, Amador N. Cobra, ao discutir a ação do "desbravador" face ao indígena, no discurso do século XIX, tendo como eixo de análise a região do Vale do Paranapanema, Estado de São Paulo, observa: "encontrando-se com as índias, a umas aprisionavam, a outras matavam, bem como aos indiozinhos, aos quaes conta-se que chegavam a levantar do chão ou da cama, atirá-los para o ar e espetá-los em ponta de faca; outras vezes, tomá-los pelos pés e dar com as suas cabecinhas nos paus, partindo-as. As índias grávidas rasgavam-lhe o ventre e depois de finda a carneficina, amontoavam os cadáveres sobre os quaes lançavam fogo bem como aos ranchos". (1923, p.141)
Diante da exposição, cabe ressaltar este cenário enquanto uma constante na história das populações indígenas. Esta violência circunscreveu o histórico da região do Vale do Paranapanema. É preciso observar, todavia, que ela se fez presente em todo o Brasil, desde o período colonial. Mas, se houve a violência, houve também a resistência. Reconstituir este painel é papel fundamental do historiador, na medida em que, ao desnudá-lo, torna-se possível "descobrir" que estas populações são fazedoras de história muito aquém da noção instituída pela historiografia oficial, qual seja, a de meras receptoras ou vencidas.

Como chegar ao museu do ìndio

Se você não sabe como chegar ao museu do Índio,ai la vai algumas ideias:


O Museu do Índio fica na rua das Palmeiras, 55 Botafogo
CEP 22270-070 Rio de Janeiro, RJ - BRASIL
Tels.: 3214-8702 / 3214-8705
Fax: 3214-8703

Acesso
É possível o acesso ao Museu por:
Metrô:
-Linha 1, Estação Botafogo
-Informações (Metrô) 2296-6116
Ônibus:
- Do Centro:
178 (linha Rodoviária-Hotel Nacional),
136 (linha Rodoviária-Copacabana, passando pela Av. Presidente Vargas, Flamengo e rua São Clemente, em Botafogo) e
172 (linha Rodoviária-Leblon).
- Da Zona Norte:
409 (linha Saens Peña-Horto, passando pela rua São Clemente, em Botafogo) e
410 (linha Saens Peña-Leblon, passando por Flamengo e rua São Clemente).
- Da Zona Sul:
522 (linha Vidigal-Metrô Botafogo, circular por Leblon, Ipanema, Copacabana e Jardim Botânico) e
511 , 512 (passam pela rua Voluntários da Pátria).
Mais informações: Alô Rio  Tel.: (021) 2542-8080
Não dispomos de estacionamento próprio.

Por: Larissa,Lainara e Julianne

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A história de vida do líder indígena Ailton Krenak

Evo Morales- um Líder indígena



Por: Ana Paula Pires
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Amazônia Biodiversidade
Em nenhum lugar do mundo existem mais espécies de animais e de plantas do que na Amazônia, apesar da Amazônia ser a região de maior biodiversidade do planeta, apenas uma fração dessa biodiversidade é conhecida. Portanto, além da necessidade de mais inventários biológicos, um considerável esforço de amostragem também é necessário para se identificar os padrões e os processos ecológicos e biogeográficos.

A riqueza da flora compreende aproximadamente 30.000 espécies, cerca de 10% das plantas de todo o planeta. São cerca de 5.000 espécies de árvores (maiores que 15cm de diâmetro), enquanto na América do Norte existem cerca de 650 espécies de árvores. A diversidade de árvores varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare, enquanto na América do Norte varia entre 4 a 25


Ameaças à Biodiversidade da Amazônia

Em nenhum lugar do mundo são derrubadas tantas árvores quanto na Amazônia. Um levantamento da organização não governamental WWF, com base em dados da ONU, mostra que a média de desmatamento na Amazônia brasileira é a maior do mundo, sendo 30% mais intensa que na Indonésia, a segunda colocada no ranking da devastação ambiental.

Na Amazônia a eliminação de florestas cresceu exponencialmente durante as décadas de 70 e 80 e continua em taxas alarmantes. A mudança no uso do solo tem mostrado afetar a hidrologia regional, o ciclo global do carbono, as taxas de evapotranspiração, a perda de biodiversidade, a probabilidade de fogo e uma possível redução regional na quantidade de chuvas.

As ameaças de degradação avançam em ritmo acelerado. Os dados oficiais, elaborados pelo INPE, sobre o desmatamento na região mostram que ele é extremamente alto e esta crescendo. Já foram eliminados cerca de 570 mil quilômetros de florestas na região uma área equivalente à superfície da França, e a média anual dos últimos sete anos é da ordem de 17,6 mil quilômetros quadrados. Entretanto, a situação pode ser ainda mais grave. Os levantamentos oficiais identificam apenas áreas onde a floresta foi completamente retirada, por meio de práticas conhecidas por corte raso. As degradações provocadas por atividades madeireiras e queimadas não são contabilizadas.

O grande desafio atual é buscar o máximo de conhecimento sobre os ecossistemas característicos da Amazônia e apresentar sugestões de como esse conhecimento pode ser utilizado para o desenvolvimento sustentável.

Vegetação

Paisagem da Amazônia à oeste de Manaus, Brasil.
A Amazônia é uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hileia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
Existem três tipos de floresta da Amazônia. As duas últimas formam a Amazônia brasileira: florestas montanhosas andinas, florestas de terra firme e florestas fluviais alagadas. A floresta de terra firme, que não difere muito da floresta andina, exceto pela menor densidade, está localizada em planaltos pouco elevados (30-200m) e apresenta um solo extremamente pobre em nutrientes. Isto forçou uma adaptação das raízes das plantas que, através de uma associação simbiótica com alguns tipos de fungos, passaram a decompor rapidamente a matéria orgânica depositada no solo, a fim de absorver os nutrientes antes deles serem lixiviados. A floresta fluvial alagada também apresenta algumas adaptações às condições do ambiente, como raízes respiratórias, que possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico. As áreas localizadas em terrenos baixos e sujeitos a inundações periódicas por águas brancas ou turvas, provenientes de rios de regiões ricas em matéria orgânica, são chamadas de florestas de várzea. E as áreas alagadas por águas escuras, que percorrem terras arenosas e pobres em minerais e que assumem uma coloração escura devido à matéria orgânica presente, são chamadas de florestas de igapó. A oscilação do nível das águas pode chegar a até dez metros de altura.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros.
A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda está desconhecida. A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no sec.XIX.

Povos indígenas no Amazonas

ThumbNo estado do Amazonas, existe espalhada - de acordo com o Programa Amazonas Indígena, elaborado pela Fundação Estadual de Política Indigenista (Fepi), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - uma população indígena de 120 mil indivíduos de 66 etnias, que falam 29 línguas. É a maior população indígena do Brasil.

Confira as etnias

APURINÃ
Falam a língua apurinã, do tronco lingüístico aruak, e habitam ao longo do rio Purus e seu afluentes.

ARAPASO
Vivem no médio Uaupés, abaixo de lauareté, e no rio Negro e em São Gabriel da Cachoeira.

BANAWÁ
Também conhecidos por banawá-yafi, ocupam a região do rio Purus.

BANIWA
Vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, às margens do rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiari e Cubate, além de comunidades no alto rio Negro/Guainía (nome do rio Negro fora do Brasil, acima da foz do rio Casiquiare) e nos centros urbanos de Santa Isabel, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos.

BARÁ
Falam a língua tucano e são também chamados de waípinõmakã. Habitam principalmente as cabeceiras do rio Tiquié, acima do povoado de Trinidad (Colômbia); o alto Colorado e Lobo (afluentes do Pira-Paraná).

BARASANA
Esse povo vive nos igarapés Tatu, Komeya, Lobo e Colorado, afluente do Pira-Paraná, e no próprio Pira-Paraná, em território colombiano, onde se encontra a maioria de seus indivíduos.

BARÉ
Habitam a calha do rio Negro, desde o Casiquiari até seu médio curso, e ainda o baixo rio Xíe.

DENI
Habitam a região dos rios Juruá e Purus, falam o arawá.

DESANA
Vivem na região do alto rio Negro, às margens do rio Tiqué e seus afluentes.

JIAHUI
Vivem na região do médio curso do rio Madeira, no sul do Estado do Amazonas.

HI-MERIMÃ
Praticamente desconhecidos, habitam a região do médio rio Piranha, entre o Juruá e o Purus, no Amazonas.

HIXKARYANAS
Vivem na região do Baixo Amazonas.

JAMAMADI
Grupo que se inclui entre os povos pouco conhecidos da região dos rios Juruá e Purus e que sobreviveram aos ciclos da borracha, em meados do século 19.

JARAWARA
Vivem na região do médio Purus e comercializam produtos que extraem da mata, como a castanha-do-Brasil, o látex, óleo de copaíba e sorva.

JUMA
São poucos indivíduos que vivem na região do rio Purus.

KAIXANA
Este grupo, que vive na região do alto rio Solimões, fala português e nheengatu, língua desenvolvida a partir do tupinambá.

KAMBEBA
Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.

KANAMARI
Outras denominações: tukuná e canamari. Também habitam a região do triângulop Jutaí-Juruá-Solimões.

KANAMANTI
Vivem na região do rio Purus e são conhecidos também por kanamati.

KARAPANÃ
Povo que, no Brasil, se encontra disperso em alguns povoados do Tiquié e Negro; na Colômbia, vive na região do Cano, afluente do rio Uaupés.

KATUENA
Habitam a região do baixo Amazonas.

KATUKIANA
No Amazonas, vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.

KATURINA
Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.

KATURINA PANO
Vivem na região dos rios Juruá e Purus, próximos ao Estado do Acre.

KAXARARI
No Amazonas, habitam a região do alto Madeira, nas proximidades de Rondônia, e podem ser encontrados nos dois Estados.

KAXINAWÁ
Vivem no Peru e no Brasil, nos vales do Purus e Juruá, nos limites dos Estadps do Acre e do Amazonas.

KOKAMA
Conhecidos como Omáguas, no Amazonas habitam as Terras Indígenas Sa potal (município de Fonte Boa), Espírito Santo (município de Jutaí), Evaré I (municípios de São Paulo de Olivença e Tabatinga) e Kokama (município de Tefé).

KORUBO
Vivem na região do vale do Javari e são conhecidos como "caceteiros" devido ao hábito de utilizarem uma borduna como arma de ataque.

KUBEO
Presentes no Amazonas, onde vivem na região noroeste, às margens do rio Uaupés e seus afluentes (alto rio Negro), e na Colômbia.
E etc...
Conhecimento tradicional, inovação e direitos de proteção

Estudos Sociedade e Agricultura, 19, outubro, 2002: 89-112.
Resumo: (Conhecimento tradicional, inovação e direitos de proteção). Hoje é consensual dizer que a biodiversidade, os recursos genéticos e os conhecimentos tradicionais desempenham um papel essencial no bem-estar da atual e das futuras gerações, além de serem fundamentais para o desenvolvimento sustentável a longo prazo. Até muito recentemente estes recursos eram considerados uma herança natural e cultural de livre acesso e uso. No entanto, a chegada das novas biotecnologias colocou a possibilidade de sua exploração sem limites, convertendo-os em insumos essenciais da indústria biotecnológica, o que levou à sua incorporação em transações comerciais e à sua privatização e apropriação. Considerando o papel desempenhado pelas comunidades tradicionais – populações indígenas e comunidades locais – crucial na sua conservação e manejo sustentável, o presente texto defende a idéia de que a biodiversidade, a base dos recursos genéticos, não representa um estado da natureza, mas é o resultado de inovação coletiva inter-gerações. A partir da contribuição de autores que tentam caracterizar o conhecimento tradicional e a natureza inovadora do conhecimento tradicional, e de contribuições de teorias heterodoxas – neo-schumpeteriana e teoria das convenções – o artigo intenta aportar argumentos para defender a necessidade de adotar um quadro regulador que respeite a diversidade de tipos de inovação, não apenas na polarização entre formas tradicionais e modernas, mas dentro da própria economia moderna.
http://168.96.200.17/ar/libros/brasil/cpda/estudos/dezenove/pierina19.htm


contribuição(Renan , Matheus Lopes , Lucas Silva)
Projeto Séculos Indígenas no Brasil
 
Apresentação :
Eram dias de junho de 1992 quando na capital alemã, Berlim, dava-se o encontro a partir do qual viria a ser desenvolvido um projeto pioneiro de registro sobre a realidade, a riqueza e a diversidade das culturas e da espiritualidade indígena no Brasil. A ocasião uniu as intenções éticas e estéticas do cineasta Frank Coe e a experiência política e espiritual do líder indígena Álvaro Tukano, a partir de uma intenção comum: oferecer à opinião pública uma visão crítica da realidade dos povos indígenas no Brasil, privilegiando a iniciativa de seus próprios protagonistas. A atmosfera que os animava era a mesma que, no Rio de Janeiro, abrigava a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a ECO-92. Grandes eventos marcando o fim de um século e dando ocasião a outros, os Séculos Indígenas no Brasil.
O Projeto Séculos Indígenas no Brasil tem suas raízes em um momento significativo de nossa história cultural e política recente. Despertava então, principalmente através dos meios de comunicação de massa, uma visão ecologicamente sensível em várias esferas da cultura globalizada. De proteção do meio-ambiente, passava-se a um discurso de sustentabilidade da vida planetária. Vozes proféticas se faziam ouvir, anunciando mudanças climáticas, denunciando a inviabilidade ética de monoculturas em detrimento dos avanços tecnológicos para tal, alertando contra o reducionismo da natureza pela cultura capitalista, e rechaçando a noção de desenvolvimento calcado na pilhagem do planeta.
Considerados radicais na época, hoje estes temas exigem atenção de todos os setores da sociedade. Contudo, o tom de denúncia visava um aprendizado do qual ainda carecemos: encontrar meios criativos, de forma pública e democrática, para um desenvolvimento integral e sustentável que alcance a todas as dimensões da vida, em vista do futuro de diferentes sistemas de vida – entre os quais as culturas humanas.
Nesse histórico, a liderança de diferentes etnias e comunidades indígenas tem sido presença significativa. Homens e mulheres de diferentes regiões do país, que insistem em afirmar que sua cultura, sua sabedoria e sua visão de mundo não apenas podem ajudar a reconhecer os pontos críticos desse amplo debate, mas fornecer meios para superar vários desses desafios. Contudo, para que fossem ouvidos, tinham de se tornar antes visíveis para a sociedade brasileira.
Conceito
Índio todo mundo sabe o que é. Ou criou na cabeça que sabe. O cru e o cozido. A partir daquelas imagens que nos chegaram nos romanceios e letras de Alencar, Gonçalves Dias, nos delírios dos cronistas, nas crônicas dos padres, nas cartas régias e nos regimes oficiais que foram se multiplicando... e ou na insensatez dos livros da escola e na espetacularização da TV. Como se todos tivessem falado tudo. Esgotado.
Indígenas, uma nova forma de se dizer índio, de se ver o índio, de identificar o índio como o próprio da terra (...) depois da raiz provocadora que Mário Juruna, Marçal Tupã’i, Ângelo Kretã e outros guerreiros anônimos tinham fincado uma década antes, que remonta há quantos tempos...“Séculos Indígenas” é isso: um projeto de registro de situações, de falas, de emoções, em que se procura deixar que flutue a percepção dos povos indígenas em um dos tempos em que o movimento social desses povos de vozes polissêmicas encontrava-se em um único som de desejos e aspirações.
“Séculos Indígenas” é isso: um projeto de registro de situações, de falas, de emoções, em que se procura deixar que flutue a percepção dos povos indígenas em um dos tempos em que o movimento social desses povos de vozes polissêmicas encontrava-se em um único som de desejos e aspirações.
- André R. F. Ramos, historiador e indigenista
(Séculos Indígenas no Brasil: catálogo descritivos de imagens, Fundação Darcy Ribeiro/Edipucrs, 2008)
Itinerários
Seguiram-se os passos para viabilizar o que já ganhava contornos de um projeto de produção audiovisual e fotográfico. Os caminhos se fizeram na busca de apoio técnico, recursos e, principalmente, novos encontros com pessoas que ajudassem a animar e – não menos – a dar corpo ao projeto.
O encontro com Ailton Krenak determinou os rumos do projeto, a partir de sua experiência como fundador do Centro de Pesquisa Indígena (CPI). O Centro, na ocasião, já somava uma rica experiência de formação de jovens indígenas de diferentes regiões do Brasil. O projeto visava torná-los mediadores de um conhecimento que capacitasse suas comunidades a desenvolver práticas sustentáveis de manejo de seus recursos culturais e naturais. Na definição de Krenak:
O Centro de Pesquisa Indígena não é um lugar. É o caminho que liga a memória da criação do mundo, presente nas narrativas tradicionais, no conhecimento antigo, com o conhecimento sobre o novo, no trabalho do cientista e do pesquisador.
Surgia, então, o itinerário de viagem, cenários, personagens e, finalmente, o argumento do projeto: o retorno desses jovens formados pelo Centro as suas comunidades de origem, sua adaptação nelas e o desdobramento da aliança, por vezes ruptura, que se dava, através deles, entre um novo conhecimento e a tradição recebida de seus ancestrais. Uma cuidadosa discussão sobre os temas mais relevantes a serem trabalhados levou a considerar a preocupação de expressar da melhor forma possível os traços particulares do universo que se revelava em cada comunidade indígena visitada.
Sob essas orientações, o projeto se desenvolveu em duas fases: a primeira, entre 1993 e 2004, é marcada pelos esforços de seus protagonistas, sem qualquer tipo de apoio institucional, o que sugere algo do desinteresse político que havia na época pelas questões indígenas. Entrementes, em 1997, a Fundação Darcy Ribeiro é criada, tornando-se importante motivadora do projeto, a partir do apoio que o próprio instituidor lhe dedicara. Em 2004, efetiva-se uma parceria com a Fundação em torno da realização do filme Maíra, ainda em desenvolvimento. A partir de 1999, o projeto alcança maior repercussão, graças especialmente ao apoio da então Senadora Marina Silva que, Ministra do Meio-Ambiente, em 2002, possibilitou o apoio do Governo Federal ao projeto, sobretudo, através do Ministério da Cultura.
Alcançadas as primeiras metas, o passo seguinte foi tornar público o acervo produzido através de duas exposições, em 2005, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Uma rede de instituições apoiadoras se constituía, fornecendo o suporte ao desenvolvimento do projeto. Da parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Cultura Indígena, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, através de Édison Hüttner, em 2008, foi publicado o Catálogo descritivo das imagens. A partir dessas parcerias consolidadas, o Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, DF, abriu caminhos de aproximação a Secretaria da Educação e a Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, através de Marcos Terena. Também o apoio do Congresso Federal, através do Senador Cristovam Buarque foi firmado, formando o atual cenário de um novo ciclo de trabalho, com os olhos voltados à realização da terceira edição da exposição, prevista para 2010, em Brasília,