Amazônia
Biodiversidade
Em
nenhum lugar do mundo existem mais espécies de animais e de plantas
do que na Amazônia, apesar da Amazônia ser a região de maior
biodiversidade do planeta, apenas uma fração dessa biodiversidade é
conhecida. Portanto, além da necessidade de mais inventários
biológicos, um considerável esforço de amostragem também é
necessário para se identificar os padrões e os processos ecológicos
e biogeográficos.
A riqueza da flora compreende aproximadamente 30.000 espécies, cerca de 10% das plantas de todo o planeta. São cerca de 5.000 espécies de árvores (maiores que 15cm de diâmetro), enquanto na América do Norte existem cerca de 650 espécies de árvores. A diversidade de árvores varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare, enquanto na América do Norte varia entre 4 a 25
Ameaças à Biodiversidade da Amazônia
A riqueza da flora compreende aproximadamente 30.000 espécies, cerca de 10% das plantas de todo o planeta. São cerca de 5.000 espécies de árvores (maiores que 15cm de diâmetro), enquanto na América do Norte existem cerca de 650 espécies de árvores. A diversidade de árvores varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare, enquanto na América do Norte varia entre 4 a 25
Ameaças à Biodiversidade da Amazônia
Em nenhum lugar do mundo são derrubadas tantas árvores quanto na Amazônia. Um levantamento da organização não governamental WWF, com base em dados da ONU, mostra que a média de desmatamento na Amazônia brasileira é a maior do mundo, sendo 30% mais intensa que na Indonésia, a segunda colocada no ranking da devastação ambiental.
Na Amazônia a eliminação de florestas cresceu exponencialmente durante as décadas de 70 e 80 e continua em taxas alarmantes. A mudança no uso do solo tem mostrado afetar a hidrologia regional, o ciclo global do carbono, as taxas de evapotranspiração, a perda de biodiversidade, a probabilidade de fogo e uma possível redução regional na quantidade de chuvas.
As ameaças de degradação avançam em ritmo acelerado. Os dados oficiais, elaborados pelo INPE, sobre o desmatamento na região mostram que ele é extremamente alto e esta crescendo. Já foram eliminados cerca de 570 mil quilômetros de florestas na região uma área equivalente à superfície da França, e a média anual dos últimos sete anos é da ordem de 17,6 mil quilômetros quadrados. Entretanto, a situação pode ser ainda mais grave. Os levantamentos oficiais identificam apenas áreas onde a floresta foi completamente retirada, por meio de práticas conhecidas por corte raso. As degradações provocadas por atividades madeireiras e queimadas não são contabilizadas.
O grande desafio atual é buscar o máximo de conhecimento sobre os ecossistemas característicos da Amazônia e apresentar sugestões de como esse conhecimento pode ser utilizado para o desenvolvimento sustentável.
Vegetação
A Amazônia é uma
das três grandes florestas
tropicais do mundo. A hileia
amazônica (como a definiu
Alexander
von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada
contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
Existem três
tipos de floresta
da Amazônia. As duas últimas formam a Amazônia brasileira:
florestas
montanhosas andinas, florestas
de terra firme e florestas
fluviais alagadas. A floresta de terra firme, que não difere
muito da floresta andina, exceto pela menor densidade, está
localizada em planaltos pouco elevados (30-200m) e apresenta um solo
extremamente pobre em nutrientes.
Isto forçou uma adaptação das raízes
das plantas que, através de uma associação simbiótica com alguns
tipos de fungos,
passaram a decompor rapidamente a matéria
orgânica depositada no solo, a fim de absorver os nutrientes
antes deles serem lixiviados.
A floresta fluvial alagada também apresenta algumas adaptações às
condições do ambiente, como raízes
respiratórias, que possuem poros que permitem a absorção de
oxigênio atmosférico. As áreas localizadas em terrenos baixos e
sujeitos a inundações periódicas por águas brancas ou turvas,
provenientes de rios de regiões ricas em matéria orgânica, são
chamadas de florestas
de várzea. E as áreas alagadas por águas escuras, que
percorrem terras arenosas e pobres em minerais
e que assumem uma coloração escura devido à matéria orgânica
presente, são chamadas de florestas
de igapó. A oscilação do nível das águas pode chegar a até
dez metros de altura.
A dificuldade para
a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação
rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais
que habitam o solo e
precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é
composta de animais que habitam as copas das árvores,
entre 30 e 50 metros.
A diversidade de
espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com
que grande parte da fauna ainda está desconhecida. A fauna e flora
amazônicas foram descritas no impressionante Flora
Brasiliensis (40
volumes), de Carl
von Martius, naturalista austríaco
que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no
sec.XIX.
Povos indígenas no Amazonas

Confira as etnias
APURINÃ
Falam a língua apurinã, do tronco lingüístico aruak, e habitam ao longo do rio Purus e seu afluentes.
ARAPASO
Vivem no médio Uaupés, abaixo de lauareté, e no rio Negro e em São Gabriel da Cachoeira.
BANAWÁ
Também conhecidos por banawá-yafi, ocupam a região do rio Purus.
BANIWA
Vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, às margens do rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiari e Cubate, além de comunidades no alto rio Negro/Guainía (nome do rio Negro fora do Brasil, acima da foz do rio Casiquiare) e nos centros urbanos de Santa Isabel, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos.
BARÁ
Falam a língua tucano e são também chamados de waípinõmakã. Habitam principalmente as cabeceiras do rio Tiquié, acima do povoado de Trinidad (Colômbia); o alto Colorado e Lobo (afluentes do Pira-Paraná).
BARASANA
Esse povo vive nos igarapés Tatu, Komeya, Lobo e Colorado, afluente do Pira-Paraná, e no próprio Pira-Paraná, em território colombiano, onde se encontra a maioria de seus indivíduos.
BARÉ
Habitam a calha do rio Negro, desde o Casiquiari até seu médio curso, e ainda o baixo rio Xíe.
DENI
Habitam a região dos rios Juruá e Purus, falam o arawá.
DESANA
Vivem na região do alto rio Negro, às margens do rio Tiqué e seus afluentes.
JIAHUI
Vivem na região do médio curso do rio Madeira, no sul do Estado do Amazonas.
HI-MERIMÃ
Praticamente desconhecidos, habitam a região do médio rio Piranha, entre o Juruá e o Purus, no Amazonas.
HIXKARYANAS
Vivem na região do Baixo Amazonas.
JAMAMADI
Grupo que se inclui entre os povos pouco conhecidos da região dos rios Juruá e Purus e que sobreviveram aos ciclos da borracha, em meados do século 19.
JARAWARA
Vivem na região do médio Purus e comercializam produtos que extraem da mata, como a castanha-do-Brasil, o látex, óleo de copaíba e sorva.
JUMA
São poucos indivíduos que vivem na região do rio Purus.
KAIXANA
Este grupo, que vive na região do alto rio Solimões, fala português e nheengatu, língua desenvolvida a partir do tupinambá.
KAMBEBA
Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.
KANAMARI
Outras denominações: tukuná e canamari. Também habitam a região do triângulop Jutaí-Juruá-Solimões.
KANAMANTI
Vivem na região do rio Purus e são conhecidos também por kanamati.
KARAPANÃ
Povo que, no Brasil, se encontra disperso em alguns povoados do Tiquié e Negro; na Colômbia, vive na região do Cano, afluente do rio Uaupés.
KATUENA
Habitam a região do baixo Amazonas.
KATUKIANA
No Amazonas, vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.
KATURINA
Vivem na região do triângulo Jutaí-Juruá-Solimões.
KATURINA PANO
Vivem na região dos rios Juruá e Purus, próximos ao Estado do Acre.
KAXARARI
No Amazonas, habitam a região do alto Madeira, nas proximidades de Rondônia, e podem ser encontrados nos dois Estados.
KAXINAWÁ
Vivem no Peru e no Brasil, nos vales do Purus e Juruá, nos limites dos Estadps do Acre e do Amazonas.
KOKAMA
Conhecidos como Omáguas, no Amazonas habitam as Terras Indígenas Sa potal (município de Fonte Boa), Espírito Santo (município de Jutaí), Evaré I (municípios de São Paulo de Olivença e Tabatinga) e Kokama (município de Tefé).
KORUBO
Vivem na região do vale do Javari e são conhecidos como "caceteiros" devido ao hábito de utilizarem uma borduna como arma de ataque.
KUBEO
Presentes no Amazonas, onde vivem na região noroeste, às margens do rio Uaupés e seus afluentes (alto rio Negro), e na Colômbia.
E etc...
Conhecimento
tradicional, inovação e direitos de proteção
Estudos Sociedade e
Agricultura, 19, outubro, 2002: 89-112.
Resumo: (Conhecimento
tradicional, inovação e direitos de proteção). Hoje é consensual
dizer que a biodiversidade, os recursos genéticos e os conhecimentos
tradicionais desempenham um papel essencial no bem-estar da atual e
das futuras gerações, além de serem fundamentais para o
desenvolvimento sustentável a longo prazo. Até muito recentemente
estes recursos eram considerados uma herança natural e cultural de
livre acesso e uso. No entanto, a chegada das novas biotecnologias
colocou a possibilidade de sua exploração sem limites,
convertendo-os em insumos essenciais da indústria biotecnológica, o
que levou à sua incorporação em transações comerciais e à sua
privatização e apropriação. Considerando o papel desempenhado
pelas comunidades tradicionais – populações indígenas e
comunidades locais – crucial na sua conservação e manejo
sustentável, o presente texto defende a idéia de que a
biodiversidade, a base dos recursos genéticos, não representa um
estado da natureza, mas é o resultado de inovação coletiva
inter-gerações. A partir da contribuição de autores que tentam
caracterizar o conhecimento tradicional e a natureza inovadora do
conhecimento tradicional, e de contribuições de teorias heterodoxas
– neo-schumpeteriana e teoria das convenções – o artigo intenta
aportar argumentos para defender a necessidade de adotar um quadro
regulador que respeite a diversidade de tipos de inovação, não
apenas na polarização entre formas tradicionais e modernas, mas
dentro da própria economia moderna.
http://168.96.200.17/ar/libros/brasil/cpda/estudos/dezenove/pierina19.htm
contribuição(Renan
, Matheus Lopes , Lucas Silva)
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